“Vivendo sem celular: o novo estilo de vida de Josielle Soares”
Viver sem celular: um novo estilo de vida
Em um mundo cada vez mais conectado, a decisão de viver sem celular pode parecer incomum para muitos. Mas para Josielle Soares, de 28 anos, essa escolha trouxe mais saúde mental e qualidade de vida. Há quase dois anos sem smartphone, Josielle conta que a decisão veio após seu antigo aparelho quebrar e a pressão do trabalho remoto se tornar insustentável.
Para ela, a falta do celular nos primeiros momentos foi desafiadora. A sensação de estar perdendo algo era constante, mas aos poucos, Josielle redescobriu atividades que havia deixado de lado, como tocar violão, e encontrou uma nova forma de ocupar sua mente longe do ambiente digital.
A neurocientista Claudia Feitosa-Santana alerta para os mecanismos de dependência do celular, que podem levar à sensação de vício. No entanto, Josielle encontrou no afeto físico e em atividades offline uma forma de preencher esse vazio.
O estudo da FGV que revela que no Brasil existem mais smartphones em uso do que pessoas reflete a digitalização crescente em diversos setores. Para Josielle, a maior dificuldade está na hora de pagar contas, já que muitas transações financeiras migraram para aplicativos.
A psicóloga Andréa Jotta destaca a importância de reconhecer comportamentos desequilibrados em relação ao uso do smartphone e buscar um equilíbrio saudável. Bruno Candundo, estudante de 24 anos, vive há nove meses sem celular e relata melhorias em sua vida desde então.
O professor Bartolomeu Targino, por sua vez, comprou seu primeiro smartphone aos 53 anos, motivado pela necessidade de se comunicar com seu filho. Mesmo assim, ele mantém o desejo de voltar a uma vida desconectada.
A decisão de viver sem celular pode parecer estranha para muitos, mas para Josielle, Bruno e Bartolomeu, essa escolha trouxe benefícios significativos. Encontrar um equilíbrio saudável no uso da tecnologia é essencial para preservar a saúde mental e as relações pessoais. Afinal, o smartphone não precisa ser nosso inimigo, mas sim uma ferramenta que pode ser utilizada de forma consciente e equilibrada.