Maya Massafera deu uma entrevista super sincera para o portal LeoDias na manhã de segunda-feira (14/10) e abriu o coração sobre sua transição de gênero. Ela contou como, desde bem pequenininha, já se identificava como menina, mas seus pais, claro, não entendiam muito bem e acabavam tentando “corrigir” seu comportamento.
Desde a infância, Maya já dava sinais de que se sentia uma menina. Ela relembrou uma história fofa (mas com um toque de tristeza) sobre quando tinha uns 3 aninhos e adorava brincar com panos de prato, fingindo que eram vestidos. “Minha mãe sempre conta que me via na cozinha pegando o pano de prato, colocando na frente como se fosse um vestido. Ela me deixava brincar um pouquinho, mas logo depois me dava bronca, mandando eu parar”, disse Maya.
E olha, por mais que isso pareça algo difícil de entender hoje, Maya não culpa os pais. Ela foi muito madura ao falar sobre isso na entrevista. “Minha mãe estava errada? Não! Era o jeito dela de pensar, sabe? Eu nasci em 1980, e as coisas eram muito diferentes naquela época. Eles foram super rígidos comigo, principalmente porque minha mãe é muito católica. Então, tinha toda aquela pressão, sabe? ‘Fale igual menino’, ‘aja como menino’, mas dentro de mim, eu nunca tive dúvida de que eu era uma menina”, contou.
Mesmo com toda essa rigidez, Maya disse que entende por que seus pais agiam dessa forma. Eles não estavam sendo maldosos, mas simplesmente seguiam as crenças da época e o que achavam certo. A influenciadora ainda explicou que sua mãe, especialmente, tinha uma visão muito religiosa das coisas, o que complicava um pouco a aceitação. “Foi um processo muito difícil, mas não foi culpa deles, entende? Minha mãe achava que estava fazendo o melhor pra mim dentro do que ela acreditava. E, de fato, ela estava me protegendo da maneira que sabia.”
Maya aproveitou a conversa para contar que, apesar das broncas, isso nunca abalou a certeza que tinha sobre quem ela era. “Eu nunca tive dúvida de que era uma menina”, declarou. Desde pequena, mesmo com toda a cobrança, Maya sabia que o que sentia era real e verdadeiro. Só que viver em um ambiente onde as pessoas não entendiam isso tornava tudo ainda mais desafiador.
Durante a entrevista, Maya relembrou que os pais tentavam o tempo todo moldá-la para se comportar como um menino. Isso foi algo que marcou muito a infância dela, mas que também a fortaleceu para que, hoje, pudesse compartilhar sua história com tanto orgulho e empoderamento. “Era cobrança o tempo todo para agir de uma forma que eu não me sentia confortável, mas eu não os culpo. Na cabeça deles, era assim que deveria ser. Minha mãe, sendo super católica, seguia muito isso de que os meninos têm que ser meninos, e as meninas têm que ser meninas, do jeito tradicional.”
Hoje, Maya está em um momento completamente diferente da vida. A influenciadora é uma voz forte na defesa da diversidade e da aceitação, e usa sua experiência para ajudar outras pessoas que estão passando por situações parecidas. Durante a entrevista, ficou claro que ela não guarda mágoas e que, apesar de tudo, entende o contexto em que cresceu. “Foi uma época muito diferente. Os meus pais, dentro do que sabiam, fizeram o que acreditavam ser certo. Não estou aqui para julgar.”
No fim das contas, Maya deixou uma mensagem de empatia e compreensão. Ela destacou que, por mais que a criação tenha sido rígida, isso não apaga o amor que sempre recebeu. E, claro, hoje ela segue firme, vivendo sua verdade e ajudando outras pessoas a fazerem o mesmo.
Agora, Maya é um exemplo de força, não só por sua jornada pessoal, mas também por mostrar que é possível superar as dificuldades, encontrar sua voz e, o mais importante, viver sua verdade com orgulho.
